2009-03-02

Eu parti o copo


Hoje acordei e ao contrário do que normalmente acontesse estava atrasada, não acredito no destino mas por acaso da minha estante quando tirava uma pasta com documentos que precisava caiu 1 livro que já li faz algum tempo do Paulo Coelho chamado Brida. Poderia dizer que se abriu numa passagem que sempre me marcou, ficava mais espectacular a minha dissertação, mas não foi isso que aconteceu, eu procurei-a para a reler e relembrar e é assim que me sinto:


É uma história de amor, entre um seminarista e a namorada de infância, contada bem ao estilo do Paulo Coelho.


A determinada altura, ela pede-lhe no meio de um restaurante, que parta um copo de propósito."É um ritual de passagem, como tu mesmo dizes - tive vontade de dizer - É o proibido. Copos não se partem de propósito. Quando entramos em restaurantes ou nas nossas casas, temos cuidado para que os copos não fiquem na borda das coisas. O nosso universo exige que tomemos cuidado para que os copos não caiam no chão. No entanto, quando os partimos sem querer, vemos que não foi tão grave assim. O empregado diz 'não tem importância' e nunca vi os copos partidos serem incluídos na conta do restaurante. (...) Porque, os nossos pais ensinaram-nos a ter cuidado com os copos e com os corpos. Ensinaram-nos que as paixões de infância são impossíveis, que não devemos afastar os homens do sacerdócio, que as pessoas não fazem milagres e que ninguém vai em viagem sem saber para onde vai.
Parte esse copo, por favor - e liberta-nos de todos esses malditos conceitos, essa mania que se tem de explicar tudo e só fazer aquilo que os outros aprovam.(...)
Ele fixou os seus olhos nos meus. Depois, devagar, deslizou a sua mão pelo tampo da mesa, até tocá-lo. Num movimento rápido, empurrou-o para o chão."

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